VENCEDOR DO PRÊMIO FERNANDO PINI DE EXCELÊNCIA GRÁFICA 2018
– CATEGORIA LIVRO DE ARTE
A distância entre uma imagem e outra desafia o fôlego. É preciso parar para se orientar, deixar a vista vagar e, em seguida, focar na tentativa de compreender tamanha beleza.
Aqui o mundo é sem ninguém. Não há gente nestas fotografias. A natureza é primordial, em gênese e importância. O tempo é o geológico, no limite do que somos capazes de entender.
Não é o infinito, mas é próximo.
O olhar do fotógrafo conclui que precisa partir para a imensidão do mundo exterior. O limite passa a ser o universo acima. A busca é o chão não revelado.
Passamos pelo Maranhão, por Utah e pelo lado menos conhecido da Califórnia. Andamos através da Namíbia, pela Patagônia, nas alturas da Bolívia, pelas praias da Islândia.
Cristiano Xavier consegue capturar a leveza imaculada do deserto, a ameaça do furacão, a idiossincrasia dos flamingos. Ele nos faz ouvir as conversas das árvores e a sinfonia das dunas. Seguimos as peregrinações das folhas e nos encantamos com a delicadeza da paleta de cores de pontos desencontrados nos mapas.
Em MAGNA, ao percorrermos suas imagens, o mundo — em sua magnificência absoluta — é nosso.
Prefácio de Matthew shirts para MAGNA.